"No próprio dia da batalha, as verdades podem ser pinçadas em toda a sua nudez, perguntando apenas;
porém, na manhã seguinte, elas já terão começado a trajar seus uniformes."

(Sir Ian Hamilton)



segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

"A GUERRA DO AÇÚCAR" - OS HOLANDESES SÃO DERROTADOS NO MARANHÃO

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A essa altura dos acontecimentos, tanto os insurretos quanto os holandeses procuraram obter reforços.  Do Grão-Pará vieram cerca de 800 homens – 113 soldados, os demais, indígenas – com os irmãos João Velho Maciel e Pedro Maciel, para reforçar a insurreição e apertar o cerco contra São Luís. No dia 21 de outubro, o governador holandês pediu socorro a Nassau, mas, sem dispor de tropas em quantidade suficiente, o stadthoulder enviou o tenente-coronel James Henderson, com apenas algumas poucas companhias.  Ao chegar ao Maranhão, no entanto, o oficial da Companhia das Índias Ocidentais constatou que o sítio à São Luís já estava bastante intenso, e suas tropas nada poderiam fazer para deter a rebelião geral; como resultado, determinou que suas tropas ocupassem posições defensivas. 

Oficial da Companhia das Índias Ocidentais 


Em janeiro de 1643, indignado pela ausência de reforços, o tenente-coronel Henderson escreveu ao stadthoulder e ao Alto e Secreto Conselho com sua apreciação sobre as razões do levante no Maranhão:

"As coisas vão mal para nós no Maranhão. Vejo nisso um justo castigo de Deus, pelo tratamento brutal que o comandante Schade e os nossos próprios compatriotas deram aos portugueses, pois é certo que, por mera avidez e sob os pretextos mais fúteis, arrebataram aos plantadores o seu açúcar, sem que lhes pagassem um soldo. A causa única do levantamento foi a 'diabólica cobiça da inconstante riqueza'”. 

Acometida por numerosos e sucessivos ataques, São Luís resistiu ao sítio por quase um ano e meio. Em um desses assaltos perdeu a vida Antônio Muniz Barreiros, que foi substituído no comando pelo também senhor-de-engenho Antônio Teixeira de Melo. Esgotada por falta de recursos, a guarnição holandesa em São Luís rendeu-se em 28 de fevereiro de 1644 e as tropas portuguesas entraram triunfantes nas ruínas da cidade semidestruída. 


Conheça essa e outras histórias lendo
"A guerra do açúcar: as invasões holandesas no Brasil"

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