"No próprio dia da batalha, as verdades podem ser pinçadas em toda a sua nudez, perguntando apenas;
porém, na manhã seguinte, elas já terão começado a trajar seus uniformes."

(Sir Ian Hamilton)



terça-feira, 31 de julho de 2012

DITADOR IUGOSLAVO TITO SUSPEITO DA MORTE DE STALIN


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Foi publicada na Eslovênia uma nova biografia de Josip Broz Tito, cujo autor, o historiador Joze Pirjevec, não exclui que a hemorragia cerebral que matou Josef Stalin tenha sido provocada por um assassino pago enviado pelo ditador iugoslavo.
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Esta versão pode ser comprovada por materiais de arquivo, dos quais consta que entre os papéis de Stálin estava uma carta de Tito. Nela, dizia-se que Tito, contra cuja vida foram cometidos 22 atentados, inclusive mediante “um guarda-jóias que, quando se abria, expelia um gás paralisante, não precisaria de tantas tentativas para matar Stálin, bastar-lhe-ia uma só”.



Além disto, no livro descrevem-se os pormenores dos últimos dias da vida de Stalin, muito suspeitos, na opinião do historiador, que também podem confirmar a versão sobre o seu assassinato.

Josip Broz Tito foi líder dos partisans durante a 2ª Guerra Mundial e mais tarde presidente da Iugoslávia. Após a sua morte desencadeou-se uma grande guerra civil e desmembramento das repúblicas. Tito foi presidente da Iugoslávia entre 14 de Janeiro de 1953 e 4 de Maio de 1980 e primeiro-ministro de 29 de Novembro de 1945 a 29 de Junho de 1963. Tito pertencia á Liga dos Comunistas. Durante a 1ª Guerra Mundial, serviu na infantaria austro-húngara e foi feito prisioneiro na Rússia. Escapou e lutou pela Revolução Russa. Depois de retornar à Iugoslávia, envolveu-se com o Partido Comunista e esteve preso durante seis anos. Tito organizou as forças guerrilheiras na Frente de Libertação Nacional, os partisans. Com o fim da guerra, Tito surgiu como um líder do novo governo federal e rejeitou a tentativa de Stalin de controlar as ideologias dos Estados Comunistas de Europa Ocidental.


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2 comentários:

  1. O General
    Um General é, antes de tudo, um solitário. Contrário ao soldado que na trincheira, na vacância ou no acampamento sempre tem um seu igual para compartilhar seus medos, angústias e sentimentos, o General come e dorme sozinho, trabalha sozinho e toma suas decisões na mais terrível e absoluta solidão. Não que o General não possa ter amigos e companheiros de caserna com os quais, em algum momento, possa fazer confidências ou cometer indiscrições, mas nas funções profissionais ninguém está ao seu lado na hora das decisões. Ninguém, no seu círculo íntimo, divide com ele a responsabilidade das boas e más escolhas, ninguém assume suas insônias, inseguranças e dúvidas.
    Mais que a solidão do cargo, ao General cabe decidir sobre a vida e a morte, de seus soldados e dos soldados inimigos. Se emana ordens corretas e judiciosas, os militares inimigos morrerão e, se suas ordens não forem as melhores, quem morre são seus comandados. Às vezes ele se sente uma perversa paródia de Deus, ou semi deus se considerarmos que é mortal como os que morrem na batalha. Mas ele sabe que se tornou General, não por determinação aleatória de carreira militar bem sucedida ou injunção cega do destino, e sim porque orientou toda sua vida para esse fim. Não se chega ao generalato por acaso, apenas suas lidas beiram o acaso quando para aquilo que se preparou, lhe cai no colo por decisão política, a guerra. E o generalato, antes de ser um alto posto militar, é um misto de sacerdócio e resultado de ilibada vida pessoal somada à luta e trabalho diários, muito estudo e disposição para o sacrifício ao longo de muitos anos. O general é um primata da espécie Homo estoicus.
    Um General sensato sabe que guerra é insensatez, mas sabe também que quando ela vier terá que exarar ordens claras e lúcidas cujos resultados beiram a insanidade. Quanto mais eficientes forem as decisões do General, mais os resultados podem conflitar com sua formação humana. Um General traz no âmago de sua formação profissional o germe do conflito entre os fatores morais que lhe foram incutidos pelo núcleo familiar e as imposições pretorianas subordinadas às nuances políticas de seu país. O General deve ser patriota na mais cruel e perfeita acepção do termo. A pátria lhe impõe encargos que pesam nos ombros como um Atlas suportando o globo terrestre.
    Por isso tudo, um bom General que tenha lutado por seu país, aquele que exerceu sua função com honestidade e eficácia, é um ser humano triste, suas memórias incluem mortes de pessoas desconhecidas as quais nunca lhe fizeram qualquer mal e que apenas estavam defendendo ideias ou orientações diferentes das suas. Suas convicções religiosas também devem ser elásticas quando são postas à prova: não matarás é um mandamento que deve ser temporariamente relegado se ele quiser ser um profissional seguro nas ações do ofício. Cada soldado que cai no campo de batalha tem um General responsável por sua morte, General sem mortes no currículo é General inerte, omisso. O pódio de General é árduo e às vezes lhe traz glórias e reconhecimento, e aquele que lá chega se torna para sempre um ser Primus inter pares, mas suas funções nem sempre são cobiçadas pelos mortais comuns. JAIR, Floripa, 01/08/12.

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  2. Show de bola seu Artigo sobre ser General. Curta no Facebook: #GeneralMourao.

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