"No próprio dia da batalha, as verdades podem ser pinçadas em toda a sua nudez, perguntando apenas;
porém, na manhã seguinte, elas já terão começado a trajar seus uniformes."

(Sir Ian Hamilton)



segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

1ª GUERRA DO GOLFO COMPLETA 20 ANOS

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Há vinte anos começava no Oriente Médio a 1ª Guerra do Golfo, onde uma coalizão internacional, liderada pelos EUA, venceu o Iraque em uma rápida  e vigorosa operação militar




À meia-noite no Iraque, o prazo estipulado pela ONU para a retirada das tropas iraquianas do Kuwait expira e o Pentágono se prepara para começar as operações de ataque a fim de expulsar pela força o Iraque de sua ocupação do vizinho rico em petróleo, que havia durado cinco meses.

Às 04h30 de 16 de janeiro de 1991, o primeiro caça-bombardeiro decola da Arábia Saudita e, em seguida, de porta-aviões navegando pelo Golfo Pérsico, alçando voo para missões de bombardeio sobre o Iraque. Durante todo o dia, aparelhos da coalizão militar liderada pelos Estados Unidos bombardearam objetivos em Bagdá e em seus arredores, enquanto o mundo acompanhava os acontecimentos pela televisão através de imagens transmitidas via satélite de Bagdá e de outros lugares. Poucas horas depois do início das hostilidades, a Casa Branca anunciava formalmente que a Operação Tempestade no Deserto, o codinome dado à maciça ofensiva contra o Iraque, havia começado.

A operação foi conduzida por uma coalizão internacional sob o comando do general norte-americano Norman Schwarzkopf, composta por forças de 32 nações, como Grã-Bretanha, Egito, França, Arábia Saudita e Kuwait. Durante as seis semanas que se seguiram, as forças aliadas engajadas numa pesada guerra aérea com o objetivo de destruir a infraestrutura militar e civil do Iraque encontraram pequena resistência efetiva da força aérea iraquiana ou de suas defesas antiaéreas.

Mapa mostrando o esquema de manobra utilizado pela coalizão para invadir o Iraque em 1991
 
 
As forças de terra iraquianas foram de pouca ou nenhuma utilidade nesta fase da Guerra e as únicas significativas medidas de retaliação tomadas pelo chefe iraquiano Saddam Hussein foram o lançamento de mísseis Scud contra Israel e a Arábia Saudita. Saddam esperava que os ataques com mísseis iria provocar a entrada de Israel no conflito, afastando desse modo o apoio árabe à guerra. A pedido dos Estados Unidos, contudo, Israel se manteve a parte.

Em 24 de fevereiro começava uma grande ofensiva por terra e as forças armadas iraquianas, obsoletas e pobremente armadas, foram rapidamente superadas. O Kuwait foi libertado em menos de quarto dias e a maior parte do exército do Iraque se rendeu, retirou-se para o Iraque ou foi destruída. Em 28 de fevereiro, o presidente George Bush (pai) declarou o cessar-fogo, tendo o Iraque se comprometido a honrar os termos de paz da coalizão e das Nações Unidas. Cento e vinte e cinco soldados norte-americanos foram mortos na 1ª Guerra do Golfo Pérsico e outros 21 tidos como desaparecidos em ação.
 
Colhido pela ofensiva terrestre da coalizão, um carro de combate iraquiano arde em chamas no deserto saudita
 

Em 20 de março de 2003, uma segunda guerra entre o Iraque e uma coalizão de países, desta vez bem menor mas também liderada pelos Estados Unidos, teve início. Não foi transmitida livremente pela televisão e o objetivo estabelecido era remover Saddam Hussein do poder e ostensivamente encontrar e destruir as armas de destruição em massa fartamente alardeadas. Hussein foi capturado por uma unidade militar norte-americana em 13 de dezembro de 2003, contudo, as armas de destruição em massa jamais foram encontradas.

Embora o presidente George W. Bush tivesse declarado o fim das operações de combate, com a missão cumprida, em 1º de maio de 2003, uma intensa guerra de guerrilha se instalou em todo o país, resultando na morte de milhares de soldados da coalizão e da guerrilha e de centenas de milhares de civis.

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