"No próprio dia da batalha, as verdades podem ser pinçadas em toda a sua nudez, perguntando apenas;
porém, na manhã seguinte, elas já terão começado a trajar seus uniformes."

(Sir Ian Hamilton)



sexta-feira, 6 de março de 2009

GRANDE GUERRA PATRIÓTICA




A Grande Guerra Patriótica foi o nome pelo qual ficou conhecida a Segunda Guerra Mundial para os povos da União Soviética (URSS). 


Com forte apelo ideológico, a definição tinha por objetivo incutir na mente dos povos integrantes da URSS a ideia de que o combate com os alemães significava uma guerra em defesa da Pátria, nesse caso, o Estado Soviético. Por outro lado, juntamente com outras ações políticas, a definição tinha por objetivo alçar a figura de Stalin como o supremo líder e guia dessa Pátria.

As comemorações e o significado da vitória na guerra, pela qual a URSS pagou um preço alto, tanto em termos humanos como materias, foram sempre profundamente marcadas na consciência dos povos das repúblicas soviéticas. O "Dia da Vitória", ou "День Победы" - "Den' Pobiedy", era, junto com o Primeiro de Maio - Dia do Trabalho, um dos dois principais festejos populares na URSS. O episódio permanece importante para os russos devido às imensas perdas humanas sofridas no conflito, inclusive após a queda do regime soviético. É raro encontrar algum cidadão das ex-repúblicas soviéticas cuja família não tenha perdido um ente próximo na guerra.

Desfile militar alusivo ao Dia da Vitória na Praça Vermelha: 
comemoração que atravessa o tempo e exalta a Grande Guerra Patriótica

Embora o significado das batalhas entre Alemanha e URSS tenha sido enormemente relativizado no mundo capitalista pós-guerra, por conta de questões ideológicas próprias da Guerra Fria, a chamada frente oriental foi onde aconteceram as mais ferozes batalhas, com as maiores perdas civis e militares da história. Na resistência contra a Wehrmacht, o Exército Vermelho mostrou excepcional tenacidade e capacidade de reorganização e aprendizagem.

Cartaz de propaganda soviético

Apesar de imensas perdas, a URSS foi a única nação da guerra a ser invadida territorialmente pela Werhmacht a ser capaz de se reorganizar e, sem rendição ou acordos colaboracionistas (como o do “Governo de Vichy”, na França), resistir, combater, e efetivamente rechaçar as forças alemãs para fora de seu território sem tropas externas atuando conjuntamente (como na recuperação da França, por exemplo) e, mais importante, seguir um curso de vitórias até a capital da Alemanha, terminando, na prática, a guerra. Poucos dias depois do suicídio de Hitler em Berlim - já completamente ocupada pelo Exército Vermelho - as forças alemãs assinaram sua rendição incondicional.


Nenhum comentário:

Postar um comentário